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O mercado musical do Brasil e a música Latina

Não é de hoje que o Brasil gosta e consome música latina (e aqui é necessário entender que o termo se refere aos ritmos latinos em geral, não apenas ao reggaetón e suas variações).

No final dos ano 70 o mundo viu nascer um dos maiores fenômenos da música chamado Menudo. O grupo tem em seu repertório hits que ganharam inclusive versões em português como “Não Se Reprima”, “Tudo Vai Bem”, entre outros. A boyband originada em Porto Rico foi um verdadeiro furacão que sacudiu o coração dos fãs em escala global; apesar de muitas polêmicas relativas a formação e rotatividade dos membros os Menudo marcaram época.

Ricky Martin que é considerado o primeiro grande astro latino global foi integrante do grupo e anos depois se lançou em carreira solo, tendo atingido números impressionantes de vendas de shows, turnês e lançando grandes hits como o inesquecível “Livin La Vida Loca”.

Enquanto os homens já tinham um espaço conquistado ainda na década de 90 surgia o nome que futuramente se tornaria o maior da música latina, a referência Shakira. A estrela iniciou sua carreira ainda adolescente, mas ganhou o mundo com um álbum em espanhol chamado “Pies Descalzos” (lançado em 1995).

Os álbuns lançados posteriormente tiveram repertório com faixas em inglês o que ampliou seu alcance e fizeram com que a artista alcançasse o status de Global Pop Star. Shakira é reconhecida por seu trabalho social, por propagar a cultura de seu país de origem (a Colômbia), por ser poliglota (sendo fluente em oito línguas) e por ter sido a primeira mulher latina a se tornar uma cantora de sucesso mundial – incluindo o mercado americano que é um dos mais difíceis de conquistar para artistas não americanos.

No começo dos anos 2000 surgiu um novo fenômeno: o RBD. O grupo que teve origem na novela mexicana Rebeldes se tornou um dos maiores sucessos da história da música global e mantém sua fanbase ativa e apaixonada até hoje (lotando estádios em todas as datas em sua última turnê de reunião em 2023).

Durante alguns anos a música latina teve um consumo menor no Brasil e ao longo desse período houve um enorme fortalecimento do consumo da música local – principalmente Sertanejo, Funk e Rap/Trap – como podemos constatar através do predomínio dos charts das plataformas.

No entanto sempre houve o prestígio e consumo da música de estrelas que surgiam globalmente como Maluma, J Balvin, Luis Fonsi, Karol G, Peso Pluma, Grupo Frontera, Rauw Alejandro, Bad Bunny, entre outros. No Brasil alguns são consumidos de forma tímida mas são artistas de estrondoso sucesso tendo consumos exponenciais em seus territórios e demais países da América Latina.

Enquanto o consumo de música latina crescia, aqui no Brasil a cantora/empresária/compositora Anitta estava construindo sua carreira internacional e trabalhando em feats estratégicos com as estrelas de destaque do momento (o que ampliou e muito seu consumo de maneira global e foi uma sacada genial), o que gerou uma aproximação do público para com o gênero reggaeton. Não atoa a artista investiu primeiro no mercado mundial cantando em espanhol e posteriormente veio com seu álbum em inglês cantando sobre sua cultura, sua religião, seu país e sua história (álbum esse que concorreu ao Grammy Americano em 2025).

Porém ao longo dos últimos anos Bad Bunny surgiu como uma outra forma de potência, com uma mensagem e um alcance nunca vistos antes e que o levaram a ter reconhecimento em países considerados fechados do lado oriental do globo e fazendo-o se tornar o maior artista latino da atualidade. E sobre esse tema eu aconselho que todos pesquisem a fundo, porque é um artista único, uma estrela, um case de estudo e inspiração.

No entanto, apesar de todo esse sucesso e alcance, o consumo de música latina no Brasil ainda é tímido se comparado com outros territórios, visto a nossa extensão territorial e populacional, a pergunta que fica é: qual seria o motivo?

Para tentar responder a este enigma, fiquem ligados nas redes da Strm que sexta-feira termos uma palestra imperdível que promete trazer números e embasamento para falar desse tema tão amplo, atual e relevante.

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