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StrmTalks : Rodrigo Pacote falou para nossa comunidade sobre “Mercado da Música: Passado, Presente e Futuro”

Sobre Rodrigo Pacote:

Possui mais de 15 anos de experiência na indústria musical 😮. Ele atuou diretamente no planejamento e estruturação de carreiras musicais e de selos, e fazem parte do seu currículo empresas como Agência de Música, Perfexx, Elemess, Ingresso Rápido, Yalla Recordings e Believe, e alguns artistas como Malu Magalhães, Marcelo Camelo, Luiza e Zizi Possi, Arnaldo Antunes, Negra Li e Gal Costa!
Rodrigo ainda foi responsável pela indicação do artista Kayode ao Grammy Latino de 2023, foi Finalista do Prêmio Profissionais da Música 2022/2023 e é membro da Academia do Prêmio Multishow. 👏🏻👏🏻

No Trends Brasil Confere 2024, um dos painéis mais aguardados foi a palestra intitulada “Mercado da Música: Passado, Presente e Futuro”, apresentada por Rodrigo Pacote, um dos nomes mais respeitados no setor musical brasileiro. Com uma trajetória que inclui atuação como produtor musical, empresário e especialista em tendências do mercado fonográfico, Pacote trouxe um olhar profundo sobre as mudanças que a indústria da música tem atravessado nas últimas décadas, e o que podemos esperar para o futuro.

O Passado: A Era dos Discográficos e o Mercado Físico

Rodrigo Pacote começou sua apresentação com uma viagem no tempo, voltando à era em que as gravadoras dominavam o mercado da música. Ele explicou como a indústria fonográfica era, predominantemente, controlada por grandes discográficas que detinham os direitos de distribuição, promoção e venda dos álbuns. Nesse modelo, o foco estava no formato físico: CD, vinil e, anteriormente, cassete.

“Nos anos 80 e 90, a música ainda era um produto tangível. O CD, por exemplo, era uma verdadeira mina de ouro para as gravadoras. A distribuição física dominava e as lojas de discos eram o ponto de contato mais direto entre os artistas e seus fãs”, lembrou Pacote.

Nesse período, as gravadoras tinham poder absoluto sobre o lançamento de novos artistas e a definição do que seria um sucesso. Os contratos eram robustos e o controle de mercado, absoluto. A indústria vivia uma era de ouro, onde os músicos podiam vender milhões de cópias de um álbum e estabelecer carreiras de longo prazo. Contudo, Pacote destacou também as dificuldades desse modelo, que limitava o alcance de muitos artistas independentes e deixava pouca margem para inovação fora dos padrões estabelecidos pelas grandes empresas.

Imagem de: Como a tecnologia transformou a indústria da música

O Presente: Digitalização e a Revolução das Plataformas de Streaming

Com o passar do tempo, a indústria musical enfrentou um processo de digitalização cada vez mais intenso, culminando no que é hoje um dos maiores fenômenos de consumo de música: os serviços de streaming. Plataformas como Spotify, Apple Music, Deezer e YouTube mudaram de forma irreversível a dinâmica da música, dando aos consumidores acesso ilimitado a milhões de faixas por uma assinatura mensal.

Pacote analisou as transformações trazidas pelas plataformas digitais, destacando como a música passou a ser consumida de forma instantânea e sem a necessidade de um formato físico. “A digitalização deu ao público a liberdade de acessar a música de qualquer lugar, a qualquer momento. Porém, ao mesmo tempo, essa mudança reduziu drasticamente os lucros das gravadoras e gerou um novo modelo de negócios, onde a distribuição e a promoção dos artistas passaram a ser feitas de forma mais democrática”, afirmou.

Esse novo modelo, embora tenha facilitado o acesso à música, também trouxe desafios para os músicos. A compensação financeira, através de royalties, é significativamente menor em plataformas de streaming, o que levou muitos artistas a repensar seus modelos de monetização. Pacote observou que, embora as plataformas digitais tenham democratizado o acesso à música e facilitado a descoberta de novos talentos, elas também impuseram uma série de desafios relacionados à remuneração dos criadores.

Além disso, Pacote destacou como as redes sociais e o YouTube se tornaram peças chave na estratégia de marketing de artistas, proporcionando novos canais de distribuição e interação direta com os fãs. “Hoje, um artista não precisa mais de uma gravadora para se lançar. Com ferramentas como Instagram, TikTok e YouTube, ele pode conquistar sua audiência, criar uma base sólida de fãs e até mesmo gerar sua própria renda através de shows, merchandise e parcerias”, explicou Pacote.

O Futuro: Inovações Tecnológicas e a Música no Metaverso

O futuro da música, segundo Pacote, está diretamente ligado à integração das novas tecnologias, como inteligência artificial (IA), realidade aumentada (AR) e metaverso. A transformação digital ainda não chegou ao seu ápice, e o palestrante antecipou algumas das mudanças que estão por vir, à medida que essas tecnologias começam a desempenhar um papel mais significativo na indústria.

Uma das áreas mais discutidas foi o impacto das inteligências artificiais na criação musical. Pacote comentou sobre como a IA já está sendo usada para compor músicas, melhorar processos de produção e até mesmo para promover artistas de maneira automatizada. Ele citou o exemplo de plataformas que utilizam algoritmos para prever quais tipos de músicas têm maior chance de sucesso, além das ferramentas de remixagem e personalização de faixas.

“Nos próximos anos, a IA será uma parte integrante do processo criativo. Já estamos vendo assistentes de composição e programas que ajudam os produtores a criar faixas mais complexas e inovadoras. A IA vai transformar a música em um campo ainda mais colaborativo”, disse Pacote.

Outro tema que gerou grande interesse foi o metaverso, o ambiente virtual imersivo onde as pessoas podem interagir, comprar produtos e até assistir a shows ao vivo em espaços digitais. Pacote vislumbrou um futuro em que os concertos musicais poderão acontecer no metaverso, permitindo que fãs de qualquer parte do mundo participem de shows virtuais, com experiências sensoriais mais completas, como avatares interativos e performances imersivas.

“Imagine um show de música em que o público, representado por seus avatares, interage diretamente com o artista, assistindo à performance de maneira única e personalizada. O metaverso será um novo palco para artistas, além de oferecer novas formas de monetização, com ingressos virtuais, merchandising digital e experiências exclusivas”, disse Pacote.

Conclusão: A Indústria Musical em Constante Evolução

Rodrigo Pacote encerrou sua palestra refletindo sobre a capacidade de adaptação da indústria musical diante das constantes mudanças tecnológicas e culturais. Embora os desafios sejam significativos, Pacote acredita que o mercado musical se tornará cada vez mais dinâmico e inclusivo, com novos caminhos para artistas, produtores e consumidores.

“A música sempre foi uma forma de expressão que atravessa gerações. As tecnologias podem transformar a forma como consumimos música, mas o que nunca vai mudar é a essência da arte. O futuro da música será cada vez mais conectado, acessível e, ao mesmo tempo, diversificado”, concluiu Pacote, deixando no ar uma mensagem de otimismo e inovação para todos os envolvidos na indústria musical.

A palestra “Mercado da Música: Passado, Presente e Futuro” foi um sucesso absoluto no Trends Brasil Confere 2024, proporcionando aos participantes uma visão abrangente sobre os desafios e oportunidades do mercado fonográfico nos próximos anos. Com o olhar afiado de Rodrigo Pacote, a indústria da música continua se reinventando e explorando novas possibilidades, provando que, assim como a música, a indústria nunca deixa de evoluir.

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